A ética na ciência é sempre uma tarefa inacabada. Somente um esforço conjunto das universidades, centros de investigação, associações profissionais, órgãos reguladores internacionais e, especialmente, a promoção da integridade pessoal dos investigadores pode tranquilizar a sociedade de que o ethos da ciência será sempre a melhoria das condições de vida da humanidade, mas no pleno respeito pelos direitos humanos.

Porquê a escolha do tema “neuroética”, nas suas múltiplas dimensões, incluindo a interface com o melhoramento humano e a inteligência artificial? Porque a bioética preocupa-se com a vida, a vida humana e a das outras espécies. E a neuroética, sendo uma dimensão especial da bioética, aprecia a nossa mente de uma forma multifacetada. A razão, essência lógica da pessoa, e a autoconsciência, o sentimento de si, e mesmo a inteligência emocional. A neuroética aborda também essa caraterística distintiva da espécie humana que é o sentimento moral, isto é a capacidade de fazer escolhas morais no quadro dos valores éticos mais representativos da comunidade humana.

Um dos grandes dilemas das sociedades ocidentais é a necessidade de cuidados de saúde por parte do doente terminal. Surgiu assim o conceito de cuidados paliativos, ou seja cuidados ativos, globais que se prestam aos doentes cuja afeção não responde ao tratamento curativo. Pretende-se que o doente e a sua família obtenham a melhor qualidade de vida possível. Os cuidados paliativos implicam a perceção por parte da sociedade de que o doente terminal tem caraterísticas próprias, tendo necessidades também distintas de outras camadas da população.

Igualdade e não-discriminação. Talvez os valores mais representativos de uma sociedade democrática e plural. Atingido um determinado patamar civilizacional – no qual alguns direitos básicos estão já assegurados – as sociedades modernas e que pretendem alcançar a prosperidade devem garantir o efetivo exercício da liberdade ética individual em condições de igualdade equitativa de oportunidades. Para alcançar estes ideais é fundamental que a sociedade se organize transversalmente de modo a existirem estratégias concertadas de promoção destes valores civilizacionais. E é através da educação para os valores e para uma cidadania responsável que se começa a formatar o pensamento dos nossos jovens para esta visão do mundo e das relações interpessoais.

Prioridades na saúde
Uma questão de justiça social.

Testamento Vital

Regulação da Saúde
Desafios Éticos e Sociais

Deontologia Médica
Da Teoria à Prática

EUTANÁSIA
Questões em debate